29 de abr. de 2015
27 de abr. de 2015
Mudras, os gestos do yoga
Por Lúcia
Maria de Oliveira Nabão*
Mudras
são gestos realizados com a mente, as mãos, os pés, a boca, os olhos ou com o
corpo todo. São muito usados no Yoga e nas danças indianas, pois fazem uma
reverência a vários aspectos das divindades hindus e da natureza. Nas palavras
de Caio Miranda (1962), os mudras, "encerrando um profundo simbolismo, têm
por objetivo unificar dualidades, como por exemplo, unir a consciência
individual à consciência cósmica, o prana solar ao prana lunar, a matéria ao
espírito, etc". Tanto os yogues como as dançarinas hindus dedicam muitos
anos aprimorando-se na prática dos mudras, que exige treinamento e concentração
nos detalhes.
No
contexto do Hatha Yoga, os mudras são elementos que dão suporte à prática.
Outros componentes dos suportes do Yoga são: os bandhas ou contrações, os
kryias ou técnicas de purificação interna, os mantras ou sons sagrados. No
Gheranda Samhita, texto clássico do Hatha Yoga, encontramos que "o
processo útil que colabora nas práticas de pranayama, pratyahara, dharana,
dhyana e samadhi (1) se denomina mudra" (Souto, 2002). Constatamos,
assim, que os mudras estão ligados às principais técnicas utilizadas no Hatha
Yoga, e em geral são praticados concomitantemente com elas.
19 de abr. de 2015
Os Yoga Sutras de Patanjali
Por
Vanessa Malagó
Os Yoga Sutras são o mais antigo tratado de Yoga preservado até o presente. Ele descreve os trabalhos da mente humana e prescreve um caminho para alcançar uma vida livre de sofrimento, tendo como fundamento prático a meditação em seus vários níveis e aspectos.
Ele foi composto numa data que varia, segundo estudiosos, entre os séculos II a.C e IV d.C, mas reflete práticas culturais bem mais antigas do que isso.
O texto é atribuído ao sábio Patanjali, que supostamente teria escrito também diversos textos sobre Ayurveda - a medicina tradicional indiana- e o Mahabhashya - o Grande Comentário da gramática sânscrita de Panini-, em uso ainda hoje. Existem muitas dúvidas em relação à vida e obra de Patanjali e isso se deve em grande parte ao costume que os autores daquela época tinham de atribuir a autoria dos seus próprios trabalhos a outros escritores já consagrados, para homenageá-los ou para dar relevância à própria obra.
Os tratados dos sistemas indianos, sobretudo os Yoga Sutras, são codificações de teorias que já eram conhecidas, praticadas e sustentadas por seguidores, muito antes de terem sido registradas em forma escrita. Patanjali, portanto, não foi o criador dos Yoga Sutras, mas aquele que codificou essa tradição. A escrita era privilégio de poucos e havia uma forte tradição oral. Os textos eram memorizados e repetidos, e dessa forma, preservados.
Os Yoga Sutras são o mais antigo tratado de Yoga preservado até o presente. Ele descreve os trabalhos da mente humana e prescreve um caminho para alcançar uma vida livre de sofrimento, tendo como fundamento prático a meditação em seus vários níveis e aspectos.
Ele foi composto numa data que varia, segundo estudiosos, entre os séculos II a.C e IV d.C, mas reflete práticas culturais bem mais antigas do que isso.
O texto é atribuído ao sábio Patanjali, que supostamente teria escrito também diversos textos sobre Ayurveda - a medicina tradicional indiana- e o Mahabhashya - o Grande Comentário da gramática sânscrita de Panini-, em uso ainda hoje. Existem muitas dúvidas em relação à vida e obra de Patanjali e isso se deve em grande parte ao costume que os autores daquela época tinham de atribuir a autoria dos seus próprios trabalhos a outros escritores já consagrados, para homenageá-los ou para dar relevância à própria obra.
Os tratados dos sistemas indianos, sobretudo os Yoga Sutras, são codificações de teorias que já eram conhecidas, praticadas e sustentadas por seguidores, muito antes de terem sido registradas em forma escrita. Patanjali, portanto, não foi o criador dos Yoga Sutras, mas aquele que codificou essa tradição. A escrita era privilégio de poucos e havia uma forte tradição oral. Os textos eram memorizados e repetidos, e dessa forma, preservados.
15 de abr. de 2015
Carta ao Meditador Iniciante
Por
Sally Kempton*
Se
eu tivesse de lhe dizer somente uma coisa sobre meditação, seria: ela é seu
próprio experimento, realizado dentro do laboratório de seu corpo e mente. Sua
prática será influenciada por professores e guiada pelas experiências que os
maiores descobridores da meditação nos deixaram. Mas, ainda assim, no final, a
sua prática toma forma própria.
Levou
um tempo até eu me dar conta disso. Na verdade, a principal razão para ter
começado a meditar foi para poupar as outras pessoas de ter de esperar tanto
tempo assim como eu. Quando seguimos algumas regras básicas, conseguimos
estabelecer a disciplina necessária para nos sentar de forma confortável,
encontrar o foco interior e manter a mente livre de distrações. Com a prática
regular, passamos a vivenciar períodos de quietude, e até de contentamento. Percebemos que a meditação é, na verdade, um estado natural
que surge dentro de nós se dermos tempo ao tempo. E descobrimos alguns outros
benefícios da meditação, como nos manter centrados em períodos de turbulência e
pensar em soluções criativas para problemas presentes. Descobrimos que mesmo
quando achamos que não tivemos uma meditação “boa”, ainda assim o resto do
nosso dia fica mais calmo e energizado.
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