1 de set. de 2015

Evento Aberto: 108 Saudações ao Sol

Dia 19 de Setembro, Sábado 
das 9:00 às 11:30h

A prática de 108 Saudações ao Sol é normalmente realizada para celebrar a entrada da Primavera. É uma experiência poderosa, que ajuda a purificar o corpo e a mente, além de servir como um exercício de superação e desafio pessoal.

Por que 108?
108 é o número de contas de um Japamala, colar tradicionalmente usado para a repetição de mantras. Através da repetição, o mantra diminui a atividade dos pensamentos e direciona o foco mental para a meditação. Da mesma maneira, a repetição contínua dos movimentos durante a execução das 108 Saudações ao Sol, também induz a um estado meditativo.
 Há também os Pushpamalas, guirlandas com 108 flores, concedidas como oferendas. Igualmente, você pode fazer sua prática de 108 Saudações ao Sol como uma prática devocional, oferecendo-a como uma oração ou simbolizando sua gratidão.

Para saber mais sobre  108 e porque ele é tido como sagrado na tradição hindu, veja 108: O número sagrado.  

Contribuição:
2kg de alimentos que serão doados a Ordem de São Vicente de Paula
Traga também seu mat ou toalha e frutas ou bebidas para compartilhar.

Confirme sua presença até 16/09 através do email:
moradadolotus@gmail.com
 As vagas são limitadas!

4 de ago. de 2015

Workshop: Yoga para os Olhos

Em Agosto teremos no Padma Bhavam a 12a. edição do Workshop Yoga para os Olhos. 

O curso está voltado para  todos que tenham algum problema de visão ou para aqueles que queiram prevenir futuros problemas e aprender como cuidar bem de seus olhos. 

Problemas de visão como miopia, astigmatismo, hipermetropia, presbiopia (dificuldade de ver de perto), além de outros mais sérios como catarata, glaucoma, entre outros são abordados nesse curso. Com enfoque extremamente prático, os participantes recebem orientações, dicas e um roteiro de exercicios, que podem facilmente ser introduzidos no seu dia-a-dia. 

Veja abaixo as informações detalhadas sobre o curso e como se inscrever:



2 de jul. de 2015

Ashtanga Yoga: Os Oito Membros do Yoga

Por Vanessa Malagó

Em nossos artigos anteriores sobre os Yoga Sutras tratamos sobre o ciclo vicioso em que nos vemos presos, a partir da atuação dos kleshas, causadores da dor e sofrimento humanos.O véu de avidya nubla as nossas percepções, expressando-se de diferentes maneiras. Às vezes se faz presente como orgulho, apego, rejeição, ansiedade ou medo; de acordo com a forma em que se manifesta, seja como asmita, raga, dvesa ou abhinivesa.

(Antes que você prossiga a leitura desse texto, se desconhece alguns dos termos que tratamos acima, recomendamos que leia nossos artigos anteriores: “Sofrimento e Libertação”, “Kleshas: As Raízes do Sofrimento” e “Yoga é sair do automático”.)

Nas palavras de Desikachar (2007) avidya pode ser entendida como o resultado acumulado das nossas muitas ações inconscientes e modos de percepção que carregamos mecanicamente por anos. “Como resultado dessas respostas inconscientes, a mente torna-se mais e mais dependente de hábitos, até que aceitamos as ações de ontem como as normas de hoje”. Aí reside toda a base de funcionamento do processo de reação e condicionamento da mente. Nossas ações de hoje criam impressões no inconsciente que nos impelem para uma determinada direção. Caso não haja um esforço para redirecionar essas tendências, reagimos, aprofundando ainda mais essas impressões. Como então escapar disso? Como evitar a repetição contínua desses padrões de reação? Condicionada como está, pode a mente livrar-se de seu condicionamento e tornar-se livre?

O propósito da prática do Yoga é eliminar as impurezas, remover os obstáculos que nos impedem de viver o presente de forma plena, é reduzir a névoa de avidya para que possamos ver com clareza. E nesse estado de presença, sermos capazes de AGIR e não mais REAGIR.

O sistema de Yoga delineado nos Yoga Sutras é composto de 8 partes e é conhecido como Ashtanga Yoga (ashta=oito, anga=membro). São elas Yama, Niyama, Asana, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi.

2 de jun. de 2015

Yoga é sair do automático

Por Vanessa Malagó

Em seu comentário sobre os Yoga Sutras, Rohit Mehta (1995) afirma que Yoga é um estado de mente completamente livre de todas as tendências reativas.  “Quando dizemos que estamos pensando, na verdade, estamos envolvidos em um forte processo de reação. Com o passar do tempo, esses centros de reação tornam-se mais e mais fortes. Forma-se dentro da mente uma cadeia de reações. Estas tendências reativas tornam-se nossos hábitos. Acostumamo-nos tanto com elas que começamos a considerar o hábito nossa segunda natureza. Na verdade, a segunda natureza transforma-se em nossa única natureza, pois somos alheios a qualquer condição da mente que seja livre dos centros reativos. Patanjali diz que o Yoga consiste em dissolver esses centros de reação. Devemos lembrar que o Yoga não significa o desenvolvimento de novos hábitos em oposição aos antigos. Requer a dissolução do próprio centro do hábito. Uma mente na qual não há centro de reação ou hábito, é realmente, uma mente livre.”

Os kleshas -tema de nosso artigo anterior, Klesas: As raízes do sofrimento- estão intimamente relacionados a esse processo de reação e condicionamento da mente. Os kleshas atuam como impedimentos para vivermos o presente de forma plena, mantendo-nos constantemente presos às nossas experiências passadas.

Todas as nossas ações e experiências produzem impressões no inconsciente, que no yoga chamamos de samskara. Samskara é um termo sânscrito, derivado da raiz KR (fazer, executar), que, com o acréscimo do prefixo Sam- adquire o sentido de acumular, compor, elaborar. Tais acumulações não são apenas memórias que podem ser resgatadas pela consciência ou vestígios passivos das nossas ações e desejos. Elas determinam nossa linha de comportamento e nossas reações, são forças dinâmicas que constantemente impelem a consciência para a ação. São responsáveis pelos nossos hábitos, apegos, desejos e medos. Ficam armazenadas no inconsciente, esperando sua manifestação diante de circunstâncias semelhantes que se repitam. “Lá do fundo, esse conteúdo comanda o nosso comportamento dito voluntário e consciente; comanda o que somos, queremos, sentimos, dizemos, fazemos e pensamos.” (Hermógenes, 2001)

21 de mai. de 2015

Kleshas: As raízes do sofrimento


Por Vanessa Malagó

Em nosso artigo anterior sobre os Yoga Sutras (Sofrimento e Libertação), vimos o que Patanjali nos fala sobre o sofrimento, experiência que é comum a todos os seres humanos.

Longe de ser uma visão pessimista de mundo, essa reflexão sobre o sofrimento tem o intuito de nos despertar para sua existência, fornecendo-nos ferramentas para compreendê-lo e uma via prática para superá-lo. Entender as fontes da dor é o primeiro passo a fim de eliminar o sofrimento. 

Em sânscrito a palavra que usamos para nos referir à causa do sofrimento é “klesha”, que pode ser interpretado também como aflição ou obstáculo. Os kleshas são impedimentos dentro de nós mesmos. Nas palavras de Annie Carpenter os kleshas fazem da mente um campo minado para a frustração, o apego, a fantasia, o medo e o desapontamento”.

18 de mai. de 2015

Curso Especial: Mudras Terapêuticos - Em Maio no Padma Bhavam

Em Maio teremos no Padma Bhavam mais um Curso de Mudras Terapêuticos, conduzido por nossa amiga, Miriam Barros. A Miriam tem há muitos anos se dedicado ao estudo e pesquisa desse tema e em 2012 teve um trabalho premiado no Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais e Práticas Contemplativas da UNIFESP.  


O que são Mudras? 

São gestos realizados com as mãos com o intuito de estimular e equilibrar os pontos de energia do corpo humano.

Para saber mais sobre o assunto, leia os artigos: "Mudras Terapêuticos:A Saúde em suas mãos" e "Mudras: Os gestos do yoga"



Confira abaixo as informações sobre o evento:

14 de mai. de 2015

Sofrimento e Libertação


Por Vanessa Malagó

Nas palavras de Pedro Kupfer (2001), há algo que é comum a todos os homens: a potencialidade de nos conhecer e de mergulhar no oceano da consciência.  “O Yoga é o instrumento que usamos para dar esse mergulho: ao mesmo tempo o ato de mergulhar e o lugar aonde chegamos.”

Os Yoga Sutras de Patanjali, um dos mais importantes textos sobre o yoga, nos oferece um mapa para embarcarmos nessa viagem rumo ao autoconhecimento. Como comentamos no artigo anterior sobre os Yoga Sutras, seu entendimento não depende de um exercício intelectual, mas muita prática. Olhando o mapa de uma cidade não podemos dizer que a conhecemos. É preciso andar por suas ruas, explorá-las, conhecer as pessoas. Assim, os Yoga Sutras são apenas um guia, o conhecimento vem da experiência direta.

Os Yoga Sutras tratam de um tema presente em diversas filosofias indianas: o sofrimento. A experiência humana, de qualquer natureza que seja, envolve sofrimento. “Tudo é sofrimento para o sábio”, afirma Patanjali (Yoga Sutra, II-15).

27 de abr. de 2015

Mudras, os gestos do yoga

Por Lúcia Maria de Oliveira Nabão*

Mudras são gestos realizados com a mente, as mãos, os pés, a boca, os olhos ou com o corpo todo. São muito usados no Yoga e nas danças indianas, pois fazem uma reverência a vários aspectos das divindades hindus e da natureza. Nas palavras de Caio Miranda (1962), os mudras, "encerrando um profundo simbolismo, têm por objetivo unificar dualidades, como por exemplo, unir a consciência individual à consciência cósmica, o prana solar ao prana lunar, a matéria ao espírito, etc". Tanto os yogues como as dançarinas hindus dedicam muitos anos aprimorando-se na prática dos mudras, que exige treinamento e concentração nos detalhes.

No contexto do Hatha Yoga, os mudras são elementos que dão suporte à prática. Outros componentes dos suportes do Yoga são: os bandhas ou contrações, os kryias ou técnicas de purificação interna, os mantras ou sons sagrados. No Gheranda Samhita, texto clássico do Hatha Yoga, encontramos que "o processo útil que colabora nas práticas de pranayama, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi (1) se denomina mudra" (Souto, 2002). Constatamos, assim, que os mudras estão ligados às principais técnicas utilizadas no Hatha Yoga, e em geral são praticados concomitantemente com elas.

19 de abr. de 2015

Os Yoga Sutras de Patanjali

Por Vanessa Malagó

Os Yoga Sutras são o mais antigo tratado de Yoga preservado até o presente. Ele descreve os trabalhos da mente humana e prescreve um caminho para alcançar uma vida livre de sofrimento, tendo como fundamento prático a meditação em seus vários níveis e aspectos. 

Ele foi composto numa data que varia, segundo estudiosos, entre os séculos II a.C e IV d.C, mas reflete práticas culturais bem mais antigas do que isso.

O texto é atribuído ao sábio Patanjali, que supostamente teria escrito também diversos textos sobre Ayurveda - a medicina tradicional indiana- e o Mahabhashya - o Grande Comentário da gramática sânscrita de Panini-, em uso ainda hoje. Existem muitas dúvidas em relação à vida e obra de Patanjali e isso se deve em grande parte ao costume que os autores daquela época tinham de atribuir a autoria dos seus próprios trabalhos a outros escritores já consagrados, para homenageá-los ou para dar relevância à própria obra.

Os tratados dos sistemas indianos, sobretudo os Yoga Sutras, são codificações de teorias que já eram conhecidas, praticadas e sustentadas por seguidores, muito antes de terem sido registradas em forma escrita. Patanjali, portanto, não foi o criador dos Yoga Sutras, mas aquele que codificou essa tradição. A escrita era privilégio de poucos e havia uma forte tradição oral. Os textos eram memorizados e repetidos, e dessa forma, preservados.

15 de abr. de 2015

Carta ao Meditador Iniciante

Por Sally Kempton*
 
Se eu tivesse de lhe dizer somente uma coisa sobre medita­ção, seria: ela é seu próprio experimento, realizado dentro do laboratório de seu corpo e mente. Sua prática será influenciada por professores e guiada pelas experiências que os maiores descobridores da meditação nos deixaram. Mas, ainda assim, no final, a sua prática toma forma própria.

Levou um tempo até eu me dar conta disso. Na verdade, a principal razão para ter começado a meditar foi para pou­par as outras pessoas de ter de esperar tanto tempo assim como eu. Quando seguimos algumas regras básicas, conse­guimos estabelecer a disciplina necessária para nos sentar de forma confortável, encontrar o foco interior e manter a mente livre de distrações. Com a prática regular, passamos a vivenciar períodos de quietude, e até de contentamento. Percebemos que a meditação é, na verdade, um estado na­tural que surge dentro de nós se dermos tempo ao tempo. E descobrimos alguns outros benefícios da meditação, como nos manter centrados em períodos de turbulência e pensar em soluções criativas para problemas presentes. Descobri­mos que mesmo quando achamos que não tivemos uma me­ditação “boa”, ainda assim o resto do nosso dia fica mais calmo e energizado.

19 de fev. de 2015

Satsanga no Padma Bhavam - 14 de março

Em março iniciaremos um ciclo de encontros voltados a todos que queiram aprofundar seus conhecimentos em yoga, meditação e espiritualidade. Não é preciso ter conhecimento sobre os temas para participar. Você só precisa trazer suas perguntas e a vontade de aprender! Veja abaixo como se inscrever:

16 de jan. de 2015

Na Prática

O que é preciso ser para fazer Yoga
Por Marê Del Gaudio* 

Já evoluímos muito como humanidade, mas ainda temos a tendência de nos fecharmos em nossos próprios “pré-conceitos e manias” e muitas vezes acabamos indo além dos nossos próprios limites. Entāo, o exercício é observar se na hora de fazermos Yoga conseguimos mudar alguns padrões de pensamento que nos acompanham desde quando éramos crianças. Como, por exemplo, a ideia de que temos que ser sempre os melhores. Quando “na prática” da vida o mais importante é sermos FELIZES. E não, MELHORES. A imposição de sermos melhores nos leva automaticamente a comparação com o outro. O que nos distancia tanto do outro quanto de nós mesmos; podendo ainda causar ansiedade e uma personalidade competitiva e nāo compassiva. Na prática ninguém é melhor do que ninguém. Somos únicos e juntos formamos o todo. Lembrando que Yoga é união. É a integração de nossos opostos e também do indivíduo com o todo.

Se “temos que ser algo” que seja a melhor versão de nós mesmos. Deixar nosso brilho iluminar naturalmente nossas vidas e de todos os que convivem conosco. E o que somos nós se não seres que trazem em cada célula do corpo um pedacinho do Divino?! Refiro-me ao conceito individual de Divino porque estamos falando de uma filosofia de vida e não de uma religião. O Yoga é uma filosofia que ‘aos poucos’ vai nos abrindo para que possamos perceber que já somos todos seres perfeitos; mesmo com o que identificamos como imperfeições.

13 de jan. de 2015

O Caminho da Meditação

Por José Hermógenes 

Sem dúvida, pode ser dito que quem cala sua própria voz passa a escutar a voz de Deus, o Deus que é o Ser Real de todos e está dentro de cada um.

A Divina Voz, ininterruptamente, nos fala a sentença da Verdade que liberta: 'EU SOU DEUS'. Mas, como A escutar? Nosso incessante agir, sentir, falar, desejar, rememorar, planejar, anelar, sonhar..., em andamento aflito, faz um ruído tão fascinante quanto ensurdecedor. A inquietude normal que nos engolfa não nos permite salvar-nos por escutar o clamor da voz no deserto, a melodia da flauta de Krishna, a comovente lira de Orfeu, a salvação que vem do Divino Verbo e a lição-ternura e o poder da vibração do OM.

Só escutaremos DEUS dizer-nos EU SOU quando lhe oferecermos a condição precisa, isto é, rendermo-nos totalmente a ELE e lhe ofertarmos nossa tranqüilidade ou quietude: